31 de dezembro de 2013

Associação Nacional de Sargentos apela à fiscalização sucessiva do OE2014


"No ano em que se comemora o 40º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, é urgente cerrar fileiras na defesa da Constituição que dela resultou", argumentou a ANS
A Associação Nacional de Sargentos (ANS) vai apelar aos grupos parlamentares e ao Provedor de Justiça para que suscitem a fiscalização sucessiva do Orçamento do Estado para 2014.
Em comunicado hoje divulgado, a ANS criticou o Presidente da República por ter dispensado a fiscalização preventiva do diploma, afirmando que Cavaco Silva "preferiu dar cobertura à eventual inconstitucionalidade".
"Preferiu dar satisfação às entidades estrangeiras que continuam a exigir a perda da nossa soberania, em detrimento da qualidade das condições de vida dos cidadãos portugueses", criticou a ANS.
No entanto, "o facto de o Presidente não o ter feito não significa que a causa esteja perdida", considerou a ANS, frisando que "ainda existem mecanismos que podem e devem ser utilizados para assegurar que os direitos, os princípios e os valores inscritos na Constituição da República portuguesa sejam respeitados, à semelhança do que aconteceu com o anterior Orçamento de Estado", refere a ANS, em comunicado.
Contactado pela Lusa, António Lima Coelho adiantou que se o Presidente da República não vetar o Orçamento, a ANS irá entregar aos grupos parlamentares, ao Provedor de Justiça e ao Tribunal Constitucional "um ofício a apelar para a fiscalização sucessiva" do diploma.
"No ano em que se comemora o 40º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, é urgente cerrar fileiras na defesa da Constituição que dela resultou", argumentou a ANS.
Lima Coelho acusou ainda o Governo de promover um "ataque inaceitável" à saúde militar, à assistência social complementar, "às condições sociais e assistenciais dos militares e suas famílias", referindo-se a alterações em curso à legislação enquadradora da condição militar.
O dirigente da ANS disse que o ministério da Defesa contactou a Associação para que "dê contributos" à reforma daquela legislação mas sem lhe apresentar "medidas ou propostas concretas".

"Como é que nós nos vamos pronunciar sobre umas medidas que desconhecemos", questionou.

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