O bispo das Forças Armadas, Januário Torgal Ferreira, disse hoje que é
sua obrigação defender os interesses dos portugueses, que considera
mais afectados pelas políticas de austeridade.
“Eu não sou ninguém, mas devo ser porta-voz
destes zés-ninguéns que o actual Governo está a fabricar”, disse o
prelado, que falava aos jornalistas à margem de um colóquio na delegação
do Porto do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Januário
Torgal Ferreira criticou as opções espelhadas no Orçamento do Estado
para 2013, considerando que “não é possível haver mais o descascar da
árvore”, ou, como referiu noutro ponto, “uma caçada ao bolso”.
A
opção passaria “talvez por descascar do outro lado, talvez meter calor,
com infusão, porque assim as gorduras derretem”, ironizou.
Reagindo
à entrevista do primeiro-ministro à TVI, que admitiu a possibilidade de
a Educação não ser gratuita, no secundário, disse que ouviu esta
posição com “perplexidade”.
“Todos se queixam de que não temos
desenvolvimento, não temos crescimento, não temos futuro, mas que
confiança podem ter hoje os casais, sabendo que até os seus filhos vão
ser taxados?”, questionou-se o prelado.
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