28 de dezembro de 2013

Entregues aos bichos, Excelente notícia para quem usufrui do Hospital.


MÉDICOS VÃO ABANDONAR O HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS. Porquê ?

Após despedimentos de médicos e enfermeiros em Novembro 2013, muitos dos médicos sobrantes vão abandonar, de “motu” próprio, o Hospital das Forças Armadas. Porque é que ninguém quer saber?
O actual Hospital das Forças Armadas é um trabalho do sr.ministro Aguiar Branco que promove a subversão da própria organização militar. Os Ramos das Forças Armadas existem e têm, por isso mesmo, especificidades que se prendem com as suas missões, funcionalidades e tarefas. 
A falta de conhecimentos do sr. Ministro sobre a Saúde Militar não explica tudo mas, certamente, como conseguiu reduzir custos e não conseguiu vender património, irá passar por cima dos Direitos dos trabalhadores dos hospitais militares. Afinal, obter uns trocos que lhes aliviem a tesouraria não é possível sem passar por cima dos trabalhadores. 
No início de Novembro foram “despedidos” médicos e enfermeiros mas, de acordo com a lei geral do trabalho, terão de ser pagas indemnizações compensatórias e os tribunais irão apurar se os trabalhadores “ a descartar” pelo sr.ministro terão de ser reintegrados. A lei é clara, muitos destes trabalhadores serviram anos e anos, nas mesmas condições que os outros, embora as chefias os tratassem de forma ilegal, tendo todos os deveres mas não todos os direitos, a começar pelos vencimentos. Agora, após a fusão dos hospitais militares, e com a desculpa de que trabalhavam a “recibos verdes”, o sr. Ministro quer ver-se livre deles. Mas, com tudo isto, o que o sr. Ministro está a fazer é condenar os doentes que, no fundo, são o princípio e o fim de qualquer hospital. 

É notória a desorganização dos serviços, as esperas prolongadas por consultas, a falta de camas para internamento de doentes com cirurgias marcadas previamente, a falta de medicamentos na farmácia, a espera por medicamentos que são vitais para doentes crónicos, a falta de médicos de diversas especialidades também no banco de urgência, o que configura uma redução qualitativa e uma perda considerável de direitos dos militares.

Todos sabemos que o Pessoal tem de ser sempre bem tratado mas, como tal não acontece no hospital das Forças Armadas, mesmo os médicos e os enfermeiros que ficaram, desejam cada vez mais sair do Lumiar, pelo que vamos assistir a um abandono de um número muito acentuado já no início de Janeiro de 2014. Só não sabe quem não quer. 
Será que o sr. Ministro não poderia estagiar uns dias no hospital das Forças Armadas para se aperceber do que verdadeiramente se passa? 
A propósito, seria bom que passá-se pela farmácia para ver como são aviadas as receitas. Já não se entregam as embalagens prescritas pelos médicos, mas antes se “canibaliza” o seu interior, obrigando os doentes a deslocarem-se mais vezes à farmácia hospitalar para receberem de forma avulsa as suas doses de medicamentos.

Resta-nos esperar uma morte mais rápida sr.ministro? E Já agora, porque não seja a custo zero!

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