20 de fevereiro de 2013

218 milhões como quota da Defesa para os sacrifícios

Aguiar-Branco assume corte de 218 milhões como quota da Defesa para os sacrifícios

Poupanças anunciadas são contributo para o corte de 4000 milhões.
Aguiar-Branco Daniel Rocha
José Pedro Aguiar-Branco, ministro da Defesa Nacional, assumiu nesta quarta-feira que o corte de 218 milhões de euros na sua pasta para 2014 é a contribuição da Defesa para o sacrifício de quatro mil milhões.

“Falei de um ajustamento de 218 milhões de euros em nome de um orçamento mais sustentável”, disse Aguiar-Branco perante os deputados da comissão de Defesa Nacional.
O ministro da Defesa especificou que aquele montante de cortes para o próximo ano se inscreve “na reforma" em que vem "trabalhando há mais de um ano”. E, neste âmbito, os 218 milhões de euros de cortes admitidos, em entrevista há uma semana na TVI, inserem-se no que José Pedro Aguiar-Branco definiu como “uma espécie da quota da Defesa na acção de repartir os sacrifícios.”
Na mesma entrevista, o ministro admitiu que, neste ano, poderia haver cortes na ordem dos 40 milhões de euros. Como orçamento sustentável, o responsável da pasta da Defesa definiu umas contas “com um rácio melhor entre as despesas e as despesas de operação”.  
Quanto às implicações dos cortes orçamentais no conceito estratégico de Defesa Nacional, cujo processo de tramitação ainda está na Assembleia da República, Aguiar-Branco negou a existência de qualquer problema. Para tanto, argumentou que o seu ministério exerce um “planeamento de forma concorrente”. Ou seja, para quando estiverem aprovados os novos conceitos não existirá qualquer hiato na sua aplicação. “É irrepreensível do ponto de vista da boa gestão e eficácia”, salientou.
Por fim, quanto à retirada das forças militares norte-americanas da base das Lajes, nos Açores, o titular da Defesa confirmou os “timings” já anunciados: relatório em finais de Março e reunião da comissão permanente dos dois países em Abril. Ainda assim, comunicou que já foi realizada a visita aos Açores de uma associação que representa empresas dos Estados Unidos para avaliar a situação. Este grupo manteve reuniões com o Governo regional açoriano e com a Força Aérea.

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